Prevista para ter
acontecido ainda na semana passada, a nomeação de Henrique Alves para o
Ministério do Turismo ainda não saiu por obra e graça de Renan Calheiros.
Embora negue
publicamente – e ao próprio Henrique – que trabalhe contra ele na pasta, Renan
tem, sim, enviado sinais ao governo de que explodirá caso isso aconteça. No
sábado passado, emissários do Planalto procuraram Renan para que ele desse o
aval para a indicação de Henrique. Renan disse “não”.
A situação de Renan não
é simples. À exceção do Turismo, nenhum dos seis ministérios do PMDB é ocupado
por um indicado seu.
Pelo acordo feito entre
peemedebistas e o Planalto ainda no fim do ano passado, durante a reforma
ministerial, estavam previstas três pastas para o Senado, mas Minas e Energia e
Agricultura foram ocupadas por Eduardo Braga e Kátia Abreu, ambos escolhas de Dilma.
Na Pesca, foi nomeado Helder Barbalho, indicado pelo pai, Jader.
No encontro secreto que
teve com Dilma há duas semanas no Alvorada (leia mais aqui), Renan irritou-se
porque Dilma não tocou no tema. Ele tampouco o fez.
E, para fechar a conta,
ninguém fala em nomear na Transpetro um indicado seu, como era Sérgio Machado,
capaz de protegê-lo em tempos de Lava-Jato.
A troco do quê, diante
desse quadro, Renan iria querer fortalecer ainda mais Eduardo Cunha com a
nomeação de Henrique Alves?
Por Lauro Jardim
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