O Coaf, órgão de
inteligência financeira vinculado ao ministério da Fazenda, detectou uma série
de depósitos em espécie de forma fragmentada e sem identificação dos
depositantes, no valor total de R$ 169,4 mil, em contas bancárias do senador
José Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM e um dos principais
nomes da oposição. Segundo relatório do Coaf, a movimentação “sugeriria
tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da
identidade do depositante”.
Segundo a agência O
Tempo, o relatório do Coaf integra o inquérito aberto nesta quarta-feira (7)
por decisão do ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), para
investigar o senador a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo
o Coaf, movimentações suspeitas foram realizadas no mesmo dia, 27 de outubro de
2014, no final da campanha eleitoral do ano passado. As contas do senador
receberam seis depósitos de R$ 9,9 mil cada um no caixa do banco em um total de
R$ 59,4 mil, além de outros 44 depósitos em espécie, em envelopes no caixa
eletrônico, cada um deles com R$ 2.500.
O Coaf ressaltou “a
ocorrência de tais operações em espécie, no mesmo dia, com valor global de R$
169,4 mil”, sem que os nomes dos depositantes fossem conhecidos. Pelas regras em
vigor, segundo o Coaf, os valores dos depósitos registrados no caso de Agripino
“dispensam a identificação”. Os bancos devem identificar, em seus controles
internos, os autores de depósitos acima de R$ 10 mil e comunicar ao Coaf
transações do gênero acima de R$ 30 mil.
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