Uma nova realidade
sociopolítica surgiu nas eleições de 2016 no Rio Grande do Norte: Dos atuais
122 prefeitos com direito a disputar a reeleição, como permitido pela legislação
eleitoral, 26 abdicaram da disputa e não estão concorrendo ao pleito. A atual
realidade, inédita no estado, mostra o desestimulo dos prefeitos pela
reeleição. As dificuldades em gerir os municípios no atual momento de crise
financeira, com poucas receitas e comprometimento aos pagamentos a servidores e
fornecedores, é o principal fator que tem desmotivado os gestores.
O levantamento foi
feito pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN. Para o
presidente da entidade, Ivan Lopes Júnior, a grave crise que assola as cidades
tem afastado o interesse e empenho de pessoas públicas para do cenário
político: “A situação é grave. Hoje, os
gestores são meros pagadores de salários, pois praticamente não existem mais
obras ou investimento nos municípios. Mas a situação financeira das prefeituras
é tão ruim com os déficits que amargamos, que não mal temos condições de pagar
os salários”, afirma, preocupado, Ivan Júnior.
Para Ivan, é natural o
afastamento dos prefeitos na continuidade da gestão das cidades em um momento
como este: “Gerir os municípios na atual
crise é um verdadeiro ato de coragem. Há uma cobrança imensa da sociedade – que
têm o direito de cobrar dos prefeitos – mas não há verbas para que possamos
atender as demandas. É necessário que possamos fortalecer pautas como uma nova
divisão tributária, para que os municípios tenham um retorno justo dos
impostos, e cobrar dos entes superiores o repasse correto de convênios firmados”,
diz Ivan.
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