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terça-feira, 11 de outubro de 2016

“A Rosa” tem que escolher entre o choque e a água-com-açúcar

Quando começou seu terceiro Governo Municipal, em 2001, a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP) promoveu um acanhado mas importante “choque de gestão”. Entre as medidas, demitiu 968 servidores que estariam em situação irregular.

Para o próximo governo, o quarto à frente da Prefeitura de Mossoró, ela só tem uma perspectiva mínima de êxito a médio e longo prazos: realizar um choque de gestão de verdade.

"É a Rosa" não tem efeito prático na gestão
Por isso, ninguém espere novidades doces e róseas para começo de administração. Serão amargas. Muito amargas. Demissões (existe cerca de 880 servidores em situação legalmente instável há vários anos), moratória, revisão de contratos, poda em programas de Saúde e Segurança, diminuição de cargos comissionados (hoje são mais de 700, um absurdo!) etc.

Seu capital eleitoral obtido ou reafirmado nas urnas no último dia 2, estará muito mais ameaçado de ser corroído, se teimar em enfrentar a realidade com medidas populistas, decisões água-com-açúcar e postergando medidas antipáticas.

A fórmula foi usada pelo prefeito Francisco José Júnior e o resultado não precisa ser detalhado.

Os bordões festivos de campanha e pós-campanha, do tipo “É a Rosa!”, não funcionam na hora de governar. Antes, pareciam ser resposta para tudo e a todos nas ruas e nas redes sociais, como uma varinha mágica. Na gestão, não.

No período em que foi prefeita de Mossoró, a enfermeira Fafá Rosado (PMDB) tinha uma equipe treinada para saudá-la em eventos públicos e qualquer outro espaço de aglomeração humana. Em coro e altos decibéis, disparava:

- Linda! Maravilhosa! Arrasooou!

Outro ‘chilique’ organizado por sua assessoria, às suas aparições, parecia caso típico de servidão amestrada: “Fafá, minha prefeita é você! Uh-huuu!”

Em relação à Fafá, nenhum dos membros dessa fanfarra picaresca a segue mais. Compreensível. Ela perdeu cargo, importância e não tem votos.

Torçamos que Rosalba nos poupe de algo equivalente, para não se transformar numa versão de Fafá ou mesmo de Francisco José Júnior e Mossoró submergir mais ainda na crise.

Chega de babaquice circense.

A Prefeitura de Mossoró vai exigir eficiência, atitude proativa, meritocracia, menos empreguismo, freio no nepotismo e basta na rapinagem.

Se tudo der certo, aí então ficará compreensível o grito de guerra de seus seguidores, em rasgo de populismo: “É a Rosa!!”

Do Carlos Santos

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