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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Quanto custou aos caciques não trocar Dilma por Aécio

Delator da JBS deu à Lava Jato detalhes e provas da divisão dos R$ 43 milhões pagos aos senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Eunício Oliveira, Valdir Raupp, Eduardo Braga e Vital do Rego, a pedido de Mantega, da ‘conta-corrente’ do PT, para comprar apoio à reeleição

O executivo da JBS que era responsável pelos pagamentos para políticos, Ricardo Saud, entregou em sua delação premiada com a Operação Lava Jato um roteiro dos pagamentos do grupo ao PMDB, em 2014, para evitar a debandada da bancada de apoio ao governo Dilma Rousseff (PT), para o candidato da oposição Aécio Neves (PSDB).

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o delator relatou que a JBS teria acertado com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, os repasses de R$ 43 milhões de “‘propinas dissimuladas” aos “coringas” do PMDB no Senado.

O objetivo, segundo o delator, era abafar uma rebelião deles contra a candidatura à vice-presidência de Michel Temer na chapa de Dilma. Saud contou que Temer, ao saber do acordo feito sem sua autorização, teria ficado “indignado” e acabou recebendo outros.

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