A retrospecto em
estreias em Copa do Mundo favorece. Os números sob comando do técnico Tite e o
desempenho em campo dão moral. A amizade do grupo e o clima familiar da
preparação em Sochi trazem tranquilidade. Transformar todo este ambiente
favorável em vitória é, justamente, o
maior desafio da Seleção Brasileira na estreia contra a Suíça neste domingo, às
15h (de Brasília), na Arena Rostov, em Rostov do Don, na Rússia.
É difícil encontrar um
número, histórico ou atual, que não traga otimismo. Em 21 partidas sob o
comando de Tite, o Brasil perdeu apenas um amistoso para a Argentina, não
sofreu gols em quatro amistosos em 2018, passou por adversários como Alemanha e
Croácia, marcou 47 gols e sofreu apenas cinco. O quarteto ofensivo formado por
Willian (Chelsea), Philippe Coutinho (Barcelona), Neymar (PSG) e Gabriel Jesus
(Manchester City) fez ótima temporada europeia e parece se entender melhor a
cada jogo do Brasil.
Na defesa, Alisson
superou a desconfiança sendo um dos principais jogadores da Roma na campanha de
semifinal na Liga dos Campeões. O mineiro Danilo, formado pelo América, é um
nome seguro defensivamente para substituir Daniel Alves e Marcelo é considerado
o melhor lateral-esquerdo do mundo. Miranda é o ponto forte da defesa ao lado
de Thiago Silva, que terá na Rússia a chance de se redimir de 2014, quando
ficou marcado como um dos rostos da instabilidade emocional daquele time.
Casemiro é o homem de
equilíbrio do meio-campo do Real Madrid, tricampeão europeu, e Paulinho marcou
sete gols desde que retornou à Seleção sob comando de seu ex-treinador de
Corinthians.
Um dos raros fatores
que pesam contra a Seleção é a inexperiência de metade do time titular, que
jamais jogou Copas. Dos 11 titulares, Alisson, Danilo, Miranda, Casemiro,
Coutinho e Gabriel Jesus vão disputar o primeiro Mundial. Dos seis
remanescentes de 2014, cinco são titulares: Thiago Silva, Marcelo, Paulinho,
Willian e Neymar – o outro é Fernandinho, primeira opção de volante no banco,
já que Fred não se recuperou totalmente do tornozelo e é a única ausência. O
cenário de renovação, entretanto, segue um padrão das últimas Copas.
Do Robson Pires
0 comentários:
Postar um comentário