Com quase 20 pontos de
vantagem nas pesquisas sobre o adversário Fernando Haddad (PT), a equipe de
Jair Bolsonaro (PSL) manterá o candidato “jogando parado” no segundo turno.
O cenário traz
segurança à campanha para manter a comunicação comeleitores concentrada em
redes sociais, com pouca exposição ao contraditório e o mínimo de saídas de
casa, o que garante também a recuperação física após uma tentativa de
assassinato em 6 de setembro.
O núcleo da campanha
leva em conta a saúde e a segurança do candidato, que pode ver seu estado
agravado com a exposição ao risco, segundo assessores. Por causa do atentado à
faca, Bolsonaro passou 23 dos 56 dias da campanha de primeiro turno internado
—e obteve 46% dos votos, contra 29,3% de Haddad.
Em parte a decisão se
deve à bolsa de colostomia instalada após o atentado, que provoca desconforto e
dores quando sofre esbarrões.
Em parte, à avaliação
de assessores de que maior exposição seria desvantajosa.
Todos os deslocamentos
após o atentado têm sido feitos sob forte esquema de segurança, com carros
blindados, escolta da Polícia Federal e colete à prova de bala.
A estratégia leva em
conta também a participação em debates. Após dizer que compareceria aos últimos
eventos previstos se fosse liberado pelos médicos nesta quinta (18), Bolsonaro
recuou e afirmou que avaliaria se é estratégico debater com Haddad.
Por trás dessas
considerações, está a percepção de sua equipe de que ele não teve bom
desempenho nos dois debates aos quais compareceu no primeiro turno,
especialmente no embate com Marina Silva (Rede) em questões ligadas às mulheres
durante o evento da Rede TV!.
FOLHAPRESS
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