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domingo, 30 de dezembro de 2018

Fachin homologa delação de lobista que atinge Renan Calheiros

Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do lobista Jorge Luz. Ele relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter realizado pagamentos milionários de propina ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu grupo político, de acordo com informações de Aguirre Talento, de O Globo.

Depois de negociação que durou mais de um ano, a PGR assinou o acordo de delação com Luz e seu filho Bruno, ambos lobistas que atuavam na Petrobras e tinham relação com políticos do MDB.

Ficou acertado pelo acordo, que é mantido sob sigilo no STF, um ressarcimento aos cofres públicos de aproximadamente R$ 40 milhões, valor calculado com base nos crimes e repasses de propina operados por eles.

Em função da delação já homologada, Fachin permitiu que Bruno Luz, atualmente preso em Curitiba, saísse temporariamente da carceragem da Polícia Federal para passar o Natal em casa, conforme fontes da Polícia Federal.

Jorge Luz, por sua vez, está em prisão domiciliar desde fevereiro deste ano para tratar problemas de saúde. Ambos haviam sido presos pela PF em fevereiro de 2017, na 38ª fase da Lava-Jato, e já foram condenados pelo então juiz Sérgio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro.

Documentos

Jorge Luz entregou documentação com extratos de suas contas bancárias no exterior e revelou detalhes do funcionamento dos pagamentos de propina ao MDB.

O lobista revelou repasse de ao menos R$ 11,5 milhões para o grupo político composto por Renan, o senador Jader Barbalho (PA), o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e o deputado federal Aníbal Gomes (CE).

Revista Fórum

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