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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Ministro Gilberto Kassab e governador do Rio Grande do Norte são alvos de ação da PF

A Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão no apartamento do ministro da Ciência e Tecnologia,Gilberto Kassab (PSD), nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. Como não havia ninguém no apartamento até 7h30, os agentes federais tiveram que esperar a chegada de uma secretária de Kassab com as chaves do imóvel.

Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), a operação desta quarta-feira investiga pagamentos feitos pela JBS a políticos entre 2010 e 2016. O empresário Wesley Batista disse, em delação, que, no período, a empresa pagou a Kassab uma mesada de R$ 350 mil para contar com a influência do político em “alguma necessidade futura” .

Segundo a PF, parte do dinheiro ilícito foi direcionada ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e a um deputado federal potiguar.

Suspeita-se que os valores eram recebidos por empresas,  através da simulação de serviços que não foram efetivamente prestados e para os quais foram emitidas notas fiscais falsas”, afirma nota da PF.

Ao todo, foram expedidos oito mandados judiciais, que estão sendo cumpridos em São Paulo e Rio Grande do Norte. Até as 7h30, não há informação sobre prisões.

São investigados os crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral.

Kassab também foi citado na delação da Odebrecht. Executivos da empreiteira relataram à PF que pagaram R$ 21 milhões em caixa dois durante a campanha de Kassab para a Prefeitura de São Paulo em 2008 . A delação levou o político a virar réu em uma ação de improbidade no Tribunal de Justiça de São Paulo em setembro.

Os valores teriam sido cobrados por Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador do PSDB, e também investigado na Lava-Jato paulista.

Ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro das Cidades do governo Dilma, Kassab foi indicado para assumir a Secretaria da Casa Civil do governador eleito João Doria (PSDB) a partir de 1º de janeiro.

O Globo

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