A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter
encontrado elementos de que o presidente Michel Temer recebeu repasses da
Odebrecht que configuram o crime de corrupção passiva.
A manifestação de
Raquel Dodge sobre o presidente está em um documento no qual a procuradora pede
para o inquérito ser enviado à Justiça Federal do Distrito Federal, não para a
Justiça Eleitoral, como determinou o ministro Edson Fachin.
Também são investigados
no inquérito os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e
Energia), ambos do MDB.
Procurado, o advogado
de Moreira Franco, Antonio Sérgio Pitombo, afirmou: "O recurso da PGR
contraria a jurisprudência firmada do Supremo. É mais uma prova do uso político
da persecução penal em face do Ministro Moreira Franco".
Daniel Gerber, advogado
de Eliseu Padilha, declarou: "Não
existe sequer hipótese de corrupção nos autos, e todos os delatores são claros
em afirmar que jamais receberam solicitações em tal sentido. Espera-se,
portanto, que tal ponto, de caráter exclusivamente especulativo, não seja
aceito pela Suprema Corte como causa de decidir".
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