Ex-estrategista de
Donald Trump e um dos responsáveis pela retórica nacionalista que fez o
republicano chegar à Casa Branca, Steve Bannon avalia que o futuro da política
é o populismo. Segundo ele, o Brasil será chave para os EUA equilibrarem o
poder da China e Jair Bolsonaro é a chance de se espalhar o movimento de
direita pela América do Sul.
Ao falar sobre os EUA,
avalia que Trump estará em boa posição para 2020 se entregar as promessas de
campanha, entre elas a construção do muro na fronteira com o México, e diz que
houve uma radicalização recente do Partido Democrata. Ele elogiou a deputada
democrata Alexandria Ocasio-Cortéz, considerada integrante da ala mais à
esquerda do partido. “Apesar de discordar
do seu socialismo, ela se tornou uma figura política muito poderosa de maneira
muito rápida”, afirma.
Bannon foi parte do
conselho da Cambrigde Analytica, consultoria acusada de usar indevidamente
dados de milhares de usuários do Facebook para interferir na eleição americana
de 2016. Desde que foi forçado a sair da Casa Branca em 2017, ele perdeu parte
do prestígio nos EUA e Trump chegou a dizer que o ex-assessor “perdeu a cabeça”.
No ano passado, se
concentrou na Europa, onde se aproximou de lideranças de nacionalismo de
direita na Itália e na Hungria. Em 2018, ele também se encontrou com o deputado
Eduardo Bolsonaro três vezes nos EUA e, agora, começa a olhar para a América do
Sul. Crítico da imprensa, que chama de “partido de oposição”, Bannon recebeu o
Estado para uma entrevista em sua casa, atrás da sede da Suprema Corte, em
Washington.
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