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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Governadora aquieta facho ideológico para não desabar de vez

Escalado pela governadora Fátima Bezerra (PT) para representá-la em reunião de governadores em Brasília, no início da semana, o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) endossou a proposta de Reforma da Previdência do Governo Jair Bolsonaro (PSL). Esperado.
O Governo Fátima Bezerra sustentou enquanto pode, ao lado de outros raros governantes estaduais à esquerda, uma luta desigual e natimorta contra aquilo que, em seu íntimo, precisam e esperam à amortização da crise nos estados federados.

Na prática, a governadora não capitulou ou recuou. Aquietou o facho e aplacou retórica ideologizada feita à torcida, sem qualquer resultado prático.

Em seu estado, o RN, Fátima convive com problemas insanáveis do ponto de vista financeiro/fiscal. Sem o socorro da União, é absolutamente impossível sair desse fosso.

Ainda ano passado (15 de novembro), numa entrevista muito sensata, o hoje titular da Secretaria Extraordinária para Gestão de Projetos e Metas do Governo do RN, ex-deputado estadual Fernando Mineiro (PT), já preconizava ao falar para o Blog Carlos Santos:

- “Não há saída local para a crise“.

E acrescentou: “Não tem mágica. Despesas precisam ser reduzidas, arrecadação precisa aumentar, mas sem um pacto federativo não haverá solução”.

Fátima Bezerra precisa dessa reforma, mas claramente poderia ter sido mais austera e ousada, na tomada de decisões que pudessem reduzir o impacto dessa asfixia. Seguiu à espera de milagres de Brasília ou do céu. Não agiu.

Ela não quis melindrar o corporativismo e abalar sua biografia de origem sindical. O professor e economista da Universidade do Estado do RN (UERN), Leovigildo Cavalcanti, traduziu bem o resultado dessa postura de marcante tibieza: “O que vejo é o Estado em direção ao precipício”.

Do do Blog Carlos Santos

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