Agora que o “centrão”
entrou em campo, o jogo vai ser diferente. O grupo reúne 351 deputados e ganhou
nova denominação, “blocão”, fez sua estreia nesta quarta (22) no apoio
explícito ao governo. O grupo tem voto para aprovar e rejeitar qualquer
projeto, até emendas constitucionais. Seu apoio pode garantir a tranquilidade
que o governo nunca teve. Mas, em política, como na vida, ajoelhou, tem que
rezar: Bolsonaro pediu ao PP para indicar o novo presidente do ambicionado
FNDE, órgão do MEC.
Com orçamento de R$60
bilhões, o FNDE é o sonho de consumo dos políticos: financia escolas, creches,
merenda escolar, livro didático etc.
O titular do FNDE será
indicado pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e pelo líder do
partido, deputado Arthur Lira (AL).
A escolha do FNDE para
o PP estrear no governo não é casual: o órgão era feudo de Rodrigo Maia até seu
protegido ser demitido em dezembro.
Além das conversas com
o PP, há dez dias, o presidente se entende com o MDB e até o DEM, chamado de
“traíra” por muitos bolsonaristas.
CLÁUDIO HUMBERTO
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