A Covid-19 já é hoje a
principal causa de morte dos Estados Unidos. No país, o vírus tem provocado
cerca de 1.800 mortes por dia desde 7 de abril, e o número real pode ser um
subnotificado. Segundo o jornal “New York Times”, é mais do que as doenças
cardíacas, que normalmente matam 1.774 americanos por dia, e que o câncer, que
faz 1.641 vítimas a cada 24 horas no país.
Embora as curvas
epidemiológicas comecem a indicar um platô, com menos internações hospitalares
em Nova York, o centro da epidemia no país, e menos pacientes Covid-19 nas
UTIs, o número diário de mortes pode não diminuir tão cedo: modelo
epidemiológico frequentemente citado pela Casa Branca, produzido pelo Instituto
de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, previa
originalmente de 100 mil (no melhor cenário) a 240 mil mortes até o ápice do verão
do hemisfério norte, que começa no fim de junho. A previsão agora caiu para 60
mil.
Neste domingo, os EUA
chegaram a 40 mil mortes confirmadas devido à Covid-19, apenas quatro dias após
registrar 30 mil óbitos. O aumento aconteceu depois de Nova York passar a
contabilizar mortes não provadas, mas prováveis, decisão tomada na última
quarta-feira.
Os EUA levaram 38 dias
após registrar seu primeiro óbito, em 29 de fevereiro, para atingir 10 mil
mortes em 6 de abril, mas apenas mais cinco dias para alcançar 20 mil mortos.
O país tem de longe o
maior número mundial de casos confirmados de coronavírus, com mais de 744 mil
infecções. No sábado, os novos casos aumentaram quase 29 mil, o menor aumento
em três dias.
ESTADÃO CONTEÚDO
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