Uma equipe de
pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu
proteínas especializadas que podem ajudar no combate à Covid-19, especialmente
os casos graves da doença causada pelo novo coronavírus.
Uma das principais
características enfermidade é a resposta excessiva do sistema imunológico em
casos graves. Segundo os cientistas do MIT, quando o Sars-CoV-2 infecta nosso
corpo, ele gera uma reação exagerada do sistema imunológico, causando uma
“tempestade” de moléculas conhecidas como citocinas — que em excesso podem
levar à morte.
Foi pensando nessa
estrutura que os pesquisadores desenvolveram os anticorpos, que focam
justamente em absorver essas citocinas em excesso. “A ideia é que eles possam
ser injetados no corpo e se ligarem às moléculas excessivas geradas pela
‘tempestade’, removendo as citocinas excessivas e aliviando os sintomas da
infecção”, explicou Rui Qing, um dos principais autores do estudo, em
comunicado.
As proteínas projetadas
pelos pesquisadores imitam seis receptores diferentes de citocina presentes em
anticorpos. Até agora a tecnologia foi testada em laboratório e funcionou bem,
segundo o artigo publicado pela equipe na edição deste mês do Quarterly Review
of Biophysics.
Agora os cientistas
esperam testar as citocinas em células humanas e em modelos animais para
validar o tratamento. Eles esperam licenciar a tecnologia rapidamente e
colaborar com empresas farmacêuticas e de biotecnologia, que podem ajudar a
aplicá-la em ensaios clínicos com humanos.
“Obviamente, essa abordagem precisará de mais estudos com animais e
estudos clínicos potencialmente humanos”, afirmou David Jin, líder do
estudo. “Mas temos confiança de que essa descoberta contribuirá para aplicações
clínicas a fim de tratar doenças virais que envolvem tempestades de citocinas.”
Galileu
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