O diretor-geral da
Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou nesta
segunda-feira (20) que o relaxamento de medidas de isolamento social ou
quarentena não significa o fim da pandemia de Covid-19, doença causada pelo
novo coronavírus.
“Queremos reforçar que relaxar restrições não é o fim da epidemia em
país nenhum. Acabar com a epidemia vai requerer um esforço contínuo por parte
de indivíduos, comunidades e governos para continuar a suprimir e controlar o
vírus”, disse Tedros.
Tedros também falou do
uso de testes rápidos, que detectam os anticorpos para o novo coronavírus, para
determinar quem já foi infectado e tem imunidade à doença. Alguns países
planejam usá-los – ou já começaram, como a Alemanha – para estudar formas de
suspender medidas de quarentena ou distanciamento social.
“Nós damos as boas vindas ao desenvolvimento acelerado e à validação de
testes para detectar anticorpos para a Covid-19 – nos ajudando a entender a
extensão da infecção na população”, disse Tedros.
“Dados iniciais de alguns desses estudos sugerem que uma percentagem
relativamente pequena da população pode ter sido infectada, mesmo em regiões
muito atingidas. Apesar de testes de anticorpos serem importantes para saber
quem foi infectado, testes que acham o vírus são uma ferramenta fundamental
para achar casos ativamente, diagnóstico, isolamento e tratamento”, afirmou
Tedros.
Os testes do tipo PCR
ou moleculares são os testes que “acham o vírus”, e são úteis principalmente
nos primeiros dias da infecção. Já os de anticorpos podem ser usados a partir
do sétimo dia, porque detectam se o corpo da pessoa já consegue se defender do
vírus.
“Uma
das prioridades da OMS é trabalhar com parceiros para aumentar a produção e
distribuição igualitária de diagnósticos para países que mais precisam deles”,
declarou Tedros.
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