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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Teich evita justificar sua saída: ‘Achei que poderia ajudar o país. Dei o melhor de mim’

Um dia antes de completar um mês no cargo, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou nesta sexta-feira (15), em entrevista no Ministério da Saúde, que “escolheu” deixar a pasta.

Ele fez a afirmação durante um rápido pronunciamento no Ministério da Saúde, ao lado do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, e de técnicos da pasta.

“A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair”, afirmou o ex-ministro. Ele disse que não aceitou o convite pelo cargo. “Eu aceitei que achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”, afirmou.

Ao sair logo após após o pronunciamento, sem dar entrevista, o ex-ministro foi questionado se o motivo da saída era a insistência do presidente Jair Bolsonaro em relação ao uso da cloroquina como medicamento a ser adotado logo no início dos sintomas da covid-19, doença provocada pelo coronavírus. Teich não respondeu.

Em sua fala, o ex-ministro agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade de ter comandado o ministério e elogiou a dedicação da equipe que trabalhou com ele no ministério.

Ele disse que deixou um plano pronto para governadores e secretários estaduais. Segundo o ministro, um programa de testagem também está pronto para ser aplicado.


Teich deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Apesar de uma nota oficial do ministério dizer que ele pediu demissão, assessores da Saúde afirmaram que o ministro foi demitido.

Nelson Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Assim como Mandetta, Teich também acumulou divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.

Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre: O uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.

O decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.

Teich foi ao Palácio do Planalto nesta manhã para uma reunião com Bolsonaro. Em seguida, ele voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.

G1

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