Um dia antes de
completar um mês no cargo, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou nesta
sexta-feira (15), em entrevista no Ministério da Saúde, que “escolheu” deixar a
pasta.
Ele fez a afirmação
durante um rápido pronunciamento no Ministério da Saúde, ao lado do
secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, e de técnicos da pasta.
“A vida é feita de
escolhas. E hoje eu escolhi sair”, afirmou o ex-ministro. Ele disse que não aceitou
o convite pelo cargo. “Eu aceitei que achava que poderia ajudar o Brasil e
ajudar as pessoas”, afirmou.
Ao sair logo após após
o pronunciamento, sem dar entrevista, o ex-ministro foi questionado se o motivo
da saída era a insistência do presidente Jair Bolsonaro em relação ao uso da
cloroquina como medicamento a ser adotado logo no início dos sintomas da
covid-19, doença provocada pelo coronavírus. Teich não respondeu.
Em sua fala, o
ex-ministro agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade de ter
comandado o ministério e elogiou a dedicação da equipe que trabalhou com ele no
ministério.
Ele disse que deixou um
plano pronto para governadores e secretários estaduais. Segundo o ministro, um
programa de testagem também está pronto para ser aplicado.
Teich deixou o cargo
nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Apesar de
uma nota oficial do ministério dizer que ele pediu demissão, assessores da
Saúde afirmaram que o ministro foi demitido.
Nelson Teich tomou posse
em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à
pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.
Assim como Mandetta,
Teich também acumulou divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre as
medidas para combate ao coronavírus.
Nos últimos dias, o
presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre: O uso da cloroquina no
tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o
protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do
tratamento.
O decreto de Bolsonaro
que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de
beleza, barbearia e academias de ginástica detalhes do plano com diretrizes
para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais
imediata e mais ampla.
Teich foi ao Palácio do
Planalto nesta manhã para uma reunião com Bolsonaro. Em seguida, ele voltou
para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.
G1
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