A multinacional Pfizer
e a empresa alemã BioNTech anunciaram que iniciaram os testes em humanos da
vacina BNT162 para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e que isso
permitirá “a produção de milhões de doses em 2020, aumentando para centenas de
milhões em 2021”.
As primeiras doses
foram administradas em pessoas dos Estados Unidos e a amplitude do programa é o
que faz as duas empresas acreditarem que a produção em massa da vacina ocorra
ainda neste ano.
Segundo as informações
das companhias, as primeiras cobaias foram cinco voluntários da Universidade de
Maryland e do centro médico Grossman, da Universidade de Nova York. Os
pesquisadores testaram quatro versões da vacina e um placebo para verificar as
reações dos corpos. Inicialmente, a experiência inclui pessoas com idades entre
18 e 55 anos e, sucessivamente, serão adicionadas pessoas na faixa etária dos
65 aos 85 anos.
A estimativa é que até
360 pessoas sejam testadas nos doses, sendo que os mais velhos serão imunizados
com um determinado nível de dosagem de uma vacina candidata, apenas uma vez, e
os mais jovens terão como base evidências preliminares de segurança. O programa
permite que haja uma avaliação simultânea das várias vacinas a fim de garantir
que seja possível identificar o “candidato” mais seguro e potencialmente mais
eficaz em um número maior de voluntários. Assim, também será possível
compartilhar em tempo real as informações com as autoridades regulatórias. “Estamos otimistas sobre o fato de levar
adiante mais vacinas candidatas nas experimentações humanas, o que permitirá
identificar as opções de vacinação mais seguras e eficazes contra a Covid-19”,
disse o CEO da BioNTech, Ugur Sahin.
Em nota, a Pfizer
informou que três unidades da empresa nos EUA – Massachusetts, Michigan e
Missouri – e uma na Bélgica – em Puurs – terão capacidade de produzir o
medicamento contra a Covid-19, com possíveis novas plantas sendo selecionadas
conforme a necessidade. Já a BioNTech informou que aumentará a sua capacidade
de produção na Alemanha para garantir o fornecimento global da vacina em
potencial. O comunicado ainda afirma que as empresas “trabalharão conjuntamente
para comercializar a vacina em todo mundo após a prévia aprovação regulatória”.
(ANSA)
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