No depoimento com mais
de oito horas sobre as acusações que fez a Jair Bolsonaro, o ex-ministro da
Justiça, Sergio Moro entregou o conteúdo de seu aparelho celular aos
investigadores. Segundo a coluna apurou, o telefone de Moro foi espelhado. Com
isso, integrantes da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR)
que conduzem o caso terão acesso às conversas de Moro com o presidente.
Além de mensagens,
delegados e procuradores agora têm em mãos áudios enviados por Bolsonaro e por
outros integrantes do governo ao ex-ministro. Boa parte da comunicação entre
Moro e o Palácio do Planalto se dava por meio do Whatsapp, aplicativo mais
usado pelo presidente e seus auxiliares para falar com a equipe.
Os dados do celular de
Moro fazem parte do escopo de novas provas apresentadas pelo ex-ministro. Como
a coluna informou no sábado (2), além das mensagem que Moro já mostrou ao
programa “Jornal Nacional”, da TV Globo, ele havia apresentado novas provas
envolvendo Bolsonaro.
O depoimento de Moro
foi conduzido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do grupo que apura
os inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal, batizado de Sinq (Serviço
de Inquéritos Especiais), e por procuradores da equipe do PGR, Augusto Aras.
Moro depôs na
superintendência da PF, em Curitiba, no inquérito que investiga as acusações de
interferência no órgão que fez contra presidente Jair Bolsonaro ao pedir
demissão de seu governo.
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