O presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o debate sobre um eventual
processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro não deve estar na pauta de
hoje nem na dos próximos anos, “se Deus quiser”.
“Acho que esse assunto
não deve estar na ordem do dia hoje, não deve estar na pauta de hoje e, se Deus
quiser, não deve estar na pauta dos próximos anos”, disse Maia em entrevista à
GloboNews.
“Para o Brasil é muito melhor que a gente consiga aproveitar a crise
para normalizar as relações e construir pontes”, completou.
Ao mencionar que ele é
o árbitro do processo, Maia disse que essa discussão não é tão simples e que é
preciso ter responsabilidade. Destacou ainda que é muito difícil ficar
colocando opiniões sobre o assunto.
“O que nos move é a nossa responsabilidade, jogar mais lenha na
fogueira, criar uma crise institucional entre Poderes, de fato não acho que a
gente deve tratar um processo de impeachment como coisa simples, não é uma
coisa simples”, afirmou.
O presidente da Câmara
disse que os esforços dos Poderes deveriam estar voltados para a superação
rápida dos efeitos da pandemia do novo coronavírus no país e disse que o melhor
é aproveitar essa crise para “construir pontes, não destruir”.
“Precisamos
que o governo esteja melhor daqui a 3 meses, não pior”,
disse. “Vamos aproveitar esse momento do
vírus que tira várias vidas para a gente construir um caminho, ter um momento
de mais harmonia, para reduzir o número de mortes e desempregados”,
reforçou.
A fala de Maia, de que
a prioridade da Casa é combater os efeitos da pandemia, está em linha com o que
vem falando desde a semana passada. Na ocasião, ele disse que os conflitos
entre o presidente e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro não resultam
necessariamente no andamento de um processo de impeachment.
Maia mencionou que,
embora o ideal seja superar os conflitos, concorda com a avaliação que as
últimas semanas não foram boas e que os domingos também não, numa alusão à
participação ou declarações de Bolsonaro em manifestações antidemocráticas.
Da Reuters/Exame
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