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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Senador Alvaro Dias vê dificuldade para emplacar “terceira via” em 2022

O senador Alvaro Dias (Podemos) reconheceu a dificuldade em quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (sem partido). Para o parlamentar, os dois têm inclusive incentivado a dualidade no cenário político-eleitoral, e que apenas “fatos novos” podem alterar a realidade para o pleito de 2022. Candidato à Presidência em 2018, Dias conversou com Rachel Sheherazade, no Metrópoles Entrevista, e considerou como cenário ideal “para ambos” essa polarização entre o petista e o mandatário do país:

Meu compromisso é sempre com a sinceridade, então tenho de dizer que é difícil, mas não impossível. Fato novo em política é rotina. Nós podemos ter fatos novos que alterem a realidade do momento, que é da polarização. É evidente que essa polarização tem sido estimulada por lideranças políticas, evidentemente, que têm interesse, tanto da esquerda quanto da direita. É o melhor dos mundos para ambos, Lula e Bolsonaro”.

A receita para quebrar a “dicotomia”, de acordo com o parlamentar, é unir em um único ponto as diversas vias que têm surgido no cenário político nacional. “São várias as correntes do pensamento político brasileiro, e elas não podem ser ignoradas. O que deve ocorrer agora é um esforço de convergências em torno de um projeto de nação em primeiro lugar. Se nós chegarmos a um projeto de nação, estabelecendo a convergência dessas forças do centro democrático, certamente nós reunimos condições de quebrar essa dicotomia”, disse o senador, que aponta a suposta polarização entre Lula e Jair Bolsonaro como “difícil” de ser superada.

Ainda de acordo com Dias, o país passa por uma implosão das instituições nas mãos do atual titular do Planalto. “Não há iniciativas, não há criatividade, não há solução para os problemas, não há reformas. O Brasil continua sendo uma nação à espera das reformas, e nós, que anunciamos a hipótese da refundação da República, hoje estamos vendo a ‘afundação’ da República, porque há um governo inoperante, absolutamente destrambelhado, nervoso, inconsistente. Comprometendo, enfim, o futuro do nosso país”, declarou.

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