As vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pelos laboratórios chineses Sinovac e Sinopharm, baseadas em vírus inativados, necessitam ser administradas em três doses, informaram nesta segunda-feira, 11, especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que analisaram o programa de vacinação global. “Todas as evidências indicam que é necessária uma terceira dose dessas mesmas vacinas ou de suas similares”, comentou em entrevista coletiva o mexicano Alejandro Cravioto, presidente do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas da OMS, ao se referir às vacinas chinesas.
A recomendação da OMS
pode afetar não só as campanhas de vacinação na China, onde a maioria das 2,2
bilhões de doses administradas são desses laboratórios, mas também de países da
América Latina, Ásia, África e Leste Europeu que importaram e usaram esses
imunizantes, como o Brasil, que fabrica a CoronaVac, vacina com tecnologia do
laboratório chinês Sinovac.
Europa e Estados Unidos
não aprovaram o uso das vacinas de Sinovac e Sinopharm, mas a OMS as incluiu em
sua lista de uso emergencial e pediu que a comunidade internacional faça o
mesmo para evitar discriminação na entrada de viajantes procedentes de determinados
países. Cravioto afirmou que essas terceiras doses deverão ser voltadas
primeiro a pessoas com mais de 60 anos, grupo que teria apresentado mais
problemas de resposta ao coronavírus ao se vacinar com as fórmulas de Sinovac e
Sinopharm.
Ele também explicou que
as pessoas que receberam as duas primeiras doses da Sinovac e Sinopharm podem
tomar o reforço de alguma outra vacina aprovada pela OMS, como a Moderna,
Pfizer, Janssen e AstraZeneca. As três últimas têm uso emergencial aprovado no
Brasil.
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