O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (25), por unanimidade, o texto-base da Medida Provisória (MP) 1061/21, que cria o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família. Agora, os deputados analisam os destaques, que podem alterar o texto.
A medida muda alguns
critérios para recebimento e cria incentivos adicionais ligados ao esporte,
desempenho no estudo e inserção produtiva. Contudo, o relatório, do deputado
Marcelo Aro (PP-MG), não estipula um valor básico do programa ou estabelece as
fontes de recursos para o pagamento do benefício, que dependem da aprovação da
PEC dos Precatórios, em análise no Senado.
O texto propôs valores
reajustados pelo Índice Nacional de Preço do Consumidor (INPC) na linha de
corte das famílias em situação de pobreza – cuja renda familiar per capita
mensal seria entre R$ 105,01 e R$ 210 – e das famílias em situação de extrema
pobreza, com renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105,00.
Desta forma, a quantidade de elegíveis pode aumentar.
O relatório prevê ainda
uma parcela adicional relativa ao Benefício Primeira Infância, quando houver
crianças de até 3 anos; à composição familiar, para cada integrante familiar
gestante ou com idade de 3 a 21 anos; e um complemento, chamado superação da
extrema pobreza, se a renda familiar mensal per capita, incluídos os benefícios
anteriores, não for suficiente para superar a linha da extrema pobreza.
O MP mantém as
principais condições para recebimento do benefício previstas no Bolsa Família,
como a realização de pré-natal, o cumprimento do calendário nacional de
vacinação, o acompanhamento do estado nutricional e a frequência escolar
mínima, sem referência ao acompanhamento da saúde.
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