Cinquenta e três anos depois da criação, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte finalmente ganhará a tão sonhada autonomia financeira e patrimonial, a mais importante e antiga pauta de reivindicações da comunidade acadêmica das últimas décadas. A iniciativa é um passo importante para que a UERN possa alcançar, de forma plena, o princípio constitucional da autonomia universitária, conforme compromisso assumido pela governadora Fátima Bezerra. Projeto de lei neste sentido foi encaminhado à Assembleia Legislativa.
Cumprindo agenda
administrativa neste sábado (20) em Mossoró, a governadora se reuniu com a
comunidade acadêmica, sob as mangueiras do pátio da Reitoria, para apresentar o
projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa.
"O dia de hoje se
soma a outros momentos da bela história da UERN, como a estadualização em 1987
e o reconhecimento pelo MEC em 1993. Nós respeitamos a autonomia das
instituições. Não só respeitamos, como estamos avançando nesse sentido porque
além da autonomia pedagógica e administrativa, teremos a autonomia financeira e
caberá à comunidade universitária gerir os recursos da melhor forma possível.
Não tenho nenhuma dúvida nenhuma de que vocês têm competência e sensibilidade
social suficientes para zelar pela instituição, fazer com que a UERN trilhe,
cada vez mais, o caminho da democratização do acesso ao ensino superior",
afirmou a governadora.
Fátima Bezerra destacou
a importância do ensino público e gratuito e o papel transformador que ele tem
na vida das pessoas. "Nós, que não
nascemos em berço de ouro, que tanto ralamos para ter acesso a um curso
superior, sabemos o que significa esta universidade do ponto de vista de
oportunidades. Nesses 53 anos, quantos jovens do nosso estado não teriam seus
sonhos frustrados se não existisse a Universidades do Estado do Rio Grande do
Norte?", questionou.
A deputada Isolda
Dantas, que representou o Legislativo estadual na solenidade, juntamente com o
deputado Souza, lembrou que a Uern é um lugar no qual os filhos da classe
trabalhadora são acolhidos. Citou ações implementadas pela gestão estadual como
a sanção da lei, de autoria da deputada, que institui o Programa de Assistência
Estudantil (PEAE), a implantação das cotas étnico-raciais na Uern, a lei que
garante o mínimo de 20% de cota para negros e negras em concursos públicos
estaduais, que será sancionada pela governadora Fátima Bezerra, e cota para
negros e negras para ingresso nos cursos de graduação, que será instituída pelo
Governo. “Isso significa reconhecer que
essa universidade não é só para formar, mas também para ter pessoas formando
gente, compreendendo que há desigualdade racial no país, uma desigualdade
histórica”, disse.
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