Com o voto dos senadores, o Congresso Nacional concluiu a votação do projeto de lei orçamentária anual (PLOA). Na Câmara, foram 358 votos a favor e 97 contrários; no Senado, foram 51 votos contra 20. Agora, a matéria segue para sanção presidencial.
O projeto garante R$
4,9 bilhões para o fundão eleitoral, mais R$ 37,6 bilhões em emendas
parlamentares e outros R$ 1,7 bilhão para o reajuste salarial de policiais — o
que provocou reação dos auditores fiscais. O texto ainda prevê investimento de
R$ 44 bilhões em 2022, o menor da história.
Como mostramos ontem, o
próprio Jair Bolsonaro telefonou para o relator do Orçamento, Hugo Leal, para
pressionar pelo aumento de salário dos policiais.
No caso do fundo
eleitoral, a primeira versão do parecer previa um valor de R$ 5,1 bilhões. Após
negociação, uma diferença de R$ 166 milhões foi remanejada para ações do
Ministério da Educação.
Não houve mudança em
relação aos R$ 16,5 bilhões para as emendas do relator, além de R$ 21,1 bilhões
para as demais emendas (individuais e de bancada), totalizando os R$ 37,6
bilhões já citados.
Em relação ao salário
mínimo, Leal reduziu em R$ 0,44 a previsão de reajuste do valor para 2022,
arredondando para R$ 1.210.
Os ministérios que
receberam a maior parte dos investimentos para 2022 foram o da Defesa,
estratégico para o governo Bolsonaro, na ordem de R$ 8,8 bilhões, e o do
Desenvolvimento Regional, o mais agraciado por verbas do orçamento secreto,
revelado pelo Estadão – que levou R$ 8,2 bilhões da fatia.
Inicialmente, o projeto
enviado pelo governo previa R$ 25,7 bilhões em investimentos para o ano que
vem. Com as emendas parlamentares, o valor subiu para R$ 44 bilhões, mas não
foi suficiente para recuperar o montante destinado nos últimos anos.
O Antagonista
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