A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu às famílias que repensem o Natal face ao rápido avanço da variante Ômicron. “Um evento cancelado é melhor que uma vida cancelada”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ele alertou para as
aglomerações durante a época festiva que se aproxima, lembrando que elas podem
levar a um “aumento de casos, à sobrecarga dos sistemas de saúda e a mais
mortes” por covid-19.
“Todos nós queremos voltar ao normal. A forma mais rápida de conseguir
passa pela tomada de decisões difíceis, por líderes, para defender a todos. Em
alguns casos vai significar cancelar ou adiar eventos”, explicou
Ghebreyesus em entrevista coletiva nessa segunda-feira.
“Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada. É melhor
cancelar agora e celebrar depois do que celebrar agora e lamentar depois”,
afirmou.
Adhanom explicou que
atualmente existem evidências de que esta nova variante está se dispersando
significativamente, mais rápido” do que a estirpe anterior, a Delta, causando
infeções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da covid-19.
“É mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da covid-19
possam ser infectadas ou reinfectadas”, disse Tedros.
Dessa forma, a OMS
considera “insensato” concluir que a Ômicron é uma variante “mais branda”. “É
insensato pensar que esta é uma variante branda, que não causará doenças
graves, porque com os números aumentando, todos os sistemas de saúde estarão
sob pressão”, disse Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS. A organização
deu, no entanto, alguma esperança ao considerar que a pandemia, que já causou
mais de 5,6 milhões de mortes em todo o mundo, poderá acabar em 2022, se 70% da
população mundial estiverem vacinados até meados do próximo ano.
“2022 deve ser o ano em
que acabaremos com a pandemia”, acrescentou.
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