O governo de Vladimir
Putin respondeu após três semanas à rejeição dos EUA ao pacote de demandas do
russo para estabilizar a segurança no Leste Europeu. A carta afirma que a
posição significa que Moscou “pode tomar medidas técnico-militares” para
defender seus interesses.
O jargão sugere não uma
invasão russa da Ucrânia, que o presidente Joe Biden disse pela enésima vez
nesta quinta que pode ocorrer “nos próximos dias”, mas sim ações que serão
vistas como agressivas pela Otan (aliança militar ocidental).
A tensão foi reforçada
pela expulsão pela Rússia do número 2 da Embaixada dos EUA em Moscou, Bart
Gorman. Segundo o Departamento de Estado, “a ação não foi provocada e nós a
consideramos um passo escalatório. Estamos considerando nossa resposta”. O
Ministério das Relações Exteriores russo não comentou, preferindo se concentrar
no aparente ataque hacker contra seu site, que ficou fora do ar.
Na Rússia, poucos
acreditam que Putin esteja fazendo mais do que pressão, manipulando o que chama
de histeria ocidental para pressionar Kiev a ceder em alguns pontos. Em resumo,
o padrão de agravamento e distensão pode se estender por meses. Mas os riscos,
claro, existem, especialmente na região leste da Ucrânia.
Folha de S. Paulo
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