Enquanto prepara o relançamento de programas de crédito criados durante a pandemia, o governo discute com os bancos mudanças para elevar a recuperação de recursos de devedores e adicionar a possibilidade de alterar os juros dos empréstimos em caso de renegociações.
As medidas são
debatidas em meio à expectativa de aumento da inadimplência no país, e podem
ser estendidas também a um conjunto de até R$ 137 bilhões em empréstimos
firmados por meio de programas emergenciais.
As principais
instituições financeiras do país, como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil,
projetam neste ano um aumento gradual da carteira de crédito com atrasos de
mais de 90 dias nos pagamentos.
No caso dos programas
emergenciais, as instituições veem limitações para as cobranças. O motivo é a
legislação que os rege, que não traz uma autorização clara para medidas
tradicionais de recuperação dos valores.
Entre as medidas
discutidas, está a autorização para substituir o devedor em caso de
movimentação societária da empresa que tomou o crédito — em casos de cisão ou
falência, por exemplo — e a flexibilidade para aplicar novas taxas após a
renegociação dos débitos.
A legislação dos
programas, que já foram encerrados para novas operações, prevê juros limitados
ou um patamar pré-definido.
Folhapress
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