A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, confirmou nessa quarta-feira (9/3) que a agência monitora o surgimento de uma nova variante do coronavírus que combina as versões Ômicron e Delta. Informalmente, a mistura das duas vem sendo chamada de Deltacron.
Virologistas do
Instituto Pasteur, da França, enviaram nessa terça-feira (8/3), o
sequenciamento genômico completo do vírus para o GISAID, maior banco de dados
internacional de Covid, confirmando as primeiras evidências sólidas sobre a
existência da variante recombinante, que foi identificada pela primeira vez na
França, em janeiro.
“Estamos
cientes dessa recombinação. Foi detectada na França, Holanda e Dinamarca, mas
em níveis muito baixos”, disse Van Kerkhove durante
coletiva de imprensa da OMS em Genebra, na Suíça.
A recombinação genética
de um vírus ocorre quando uma pessoa é infectada por dois micro-organismos
diferentes que entram em uma mesma célula. Nessa situação, o material genético
deles pode ser trocado aleatoriamente, gerando uma nova versão do vírus.
“A nova variante recombinante é algo esperado, principalmente se
levarmos em consideração a circulação do vírus. A Delta ainda circulava na
Europa quando a Ômicron apareceu”, lembrou Van Kerkhove.
A diretora da OMS
destacou que ainda não há evidências de que ela seja mais grave do que a Delta
ou a Ômicron separadamente.
Metrópoles
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