Mantendo a escalada
ascendente de críticas e ataques proferidos há duas semanas, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reclamou ontem do fato de não ter sido
ouvido antes pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável
pela lista de investigados na Operação Lava-Jato entregue ao Supremo Tribunal
Federal. E ameaçou atrapalhar o processo de recondução de Janot ao cargo. “Nós
estamos com o procurador-geral da República em processo de reeleição. Quem sabe
se nós, mais adiante, não vamos ter também, a exemplo do que estamos fazendo
com as reeleições do Executivo, que regrar esse sistema que o Ministério
Público tornou eletivo”, insinuou.
As ameaças, nada
veladas, ao procurador Rodrigo Janot, já haviam sido comunicadas por Renan a
pessoas próximas ao longo da quarta-feira. Depois de negar que tenha sido
avisado com antecedência sobre a inclusão de seu nome na lista entregue ao
Supremo, o presidente do Senado mudou a postura de atuação nos bastidores e
decidiu partir para o confronto aberto.
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