O político nunca deve
dizer “dessa água não beberei”. Também deve ter cuidado com o discurso radical,
uma vez que o atacado de hoje pode ser o aliado de amanhã.
Então, se quer ter
credibilidade com o povo, o eleitor, é preciso conter as palavras, para depois
não se chamado de “palavra flácida”, “sem palavra” ou coisa parecida.
Veja o que está
acontecendo em Pau dos Ferros.
O prefeito Fabrício
Torquato (praticamente expulso do DEM) e o ex-prefeito Leonardo Rêgo (DEM), que
irão se enfrentar nas eleições do próximo ano, estão se aproximando de
adversários do passado para fortalecer seus respectivos palanques.
Daí, tudo bem, não
fosse a forma como eles romperam com antigos aliados, que passaram a adversários
e caminham para parceiros futuros.
Fabrício Torquato abriu
os braços para receber de volta o ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB), com
quem rompeu em 2008. Os dois não evitaram os ataques na época, inclusive, com
acusações mútuas. Em 2012, quando derrotou Bráulio Figueiredo (PMDB), filho de
Nilton, o confronto foi acirrado e polêmico.
Já o ex-prefeito
Leonardo Rêgo foi mais radical ainda. Com discurso forte, de ataques a
adversários, que é uma característica sua, ele acusou o empresário Xavier Pneus
de ter desviado recursos federais, via Dnocs, quando “vendeu” alevinos para o
peixamento do açude de Pau dos Ferros. Agora, Leonardo está atrás de Xavier
para apoiar a sua candidatura a prefeito.
Na época que atacou o
empresário, Leonardo tencionava atingir o ex-deputado Elias Fernandes, que era
diretor-geral do Dnocs, e o seu filho deputado Gustavo Fernandes. A dupla
Fernandes, agora, é bem-vinda ao palanque de Leonardo.
Lembrando ainda que
Fabrício e Leonardo eram aliados até o primeiro turno das eleições de 2014.
Eles romperam a parceria quando o prefeito foi apoiar a candidatura vitoriosa
do governador Robinson Faria (PSD), enquanto Leonardo ficou no palanque de
Henrique Alves, que era comandado em Pau dos Ferros por Elias e Gustavo
Fernandes.
Pois bem.
Com a mudança de
discurso e a alterações de palanques, cores, etc, pergunta-se: como fica o
eleitor de Pau dos Ferros?
Bem, na cabeça dos
políticos, o povo é apenas um detalhe, que pode ser manobrado de acordo com os
seus interesses individuais.
Será?
Um lembrete: as coisas
estão mudando, os currais foram deixados no passado, e as pessoas estão cada
vez mais qualificando o voto.
Cesar Santos







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