Mesmo após ter sido
preso por envolvimento no escândalo do mensalão, o ex-ministro-chefe da Casa
Civil José Dirceu recebeu ao menos R$ 819,7 mil de empresas envolvidas no
esquema de desvios de recursos da Petrobras, conforme laudo do Ministério
Público Federal (MPF). O petista foi preso na manhã desta segunda-feira (3),
durante a 17ª fase da Operação Lava Jato.
Condenado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) a sete anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa,
Dirceu começou a cumprir pena em 15 de novembro de 2013, no Complexo
Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Mas laudo do MPF comprova que a
JD Assessoria, empresa de Dirceu, recebeu dois repasses da empresa OAS e outros
11 da UTC durante o tempo em que o ex-ministro estava na prisão. Ambas compõe o
chamado “clube VIP das empreiteiras” que, segundo as investigações, fraudavam
contratos com a petrolífera.
Os repasses da OAS,
cada um no valor de R$ 46,9 mil, foram efetuados nos dias 11 de novembro e 5 de
dezembro de 2013. Já os onze pagamentos da UTC para a JD, cada um de R$ 65,9
mil, foram feitos entre os dias 9 de dezembro de 2013 e 22 de outubro do ano passado.
Além disso, Dirceu também teria recebido no período, a título de “mensalinho”,
algo em torno de R$ 1,2 milhão repassado pelo lobista Milton Pascowitch,
conforme delação premiada do empresário.
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