De volta das férias, os
congressistas ouviram ontem um apelo do senador Renan Calheiros: “Se 2015 foi o ano que não começou nem
terminou, conclamo o Parlamento brasileiro a retomar seus esforços para que
tenhamos, em 2016, um ano que tenha início, meio e fim”.
O pedido do presidente
do Senado pode ter animado o Planalto, mas não parece ter sensibilizado seus
colegas. Foi o que indicaram as reações à visita de Dilma Rousseff para ler sua
mensagem anual ao Legislativo.
A presidente pediu
apoio a uma agenda de medidas impopulares, como a recriação da CPMF e a reforma
da Previdência. Antes de ela deixar o plenário, aliados já reconheciam que as
chances serão pequenas.
“Hoje é mais fácil
conseguir votos contra o impeachment do que a favor da CPMF”, dizia um
vice-líder do governo. Seu raciocínio era simples: qualquer aumento de imposto
tira votos, e os parlamentares não costumam se sacrificar em ano eleitoral.
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