O senador Delcídio do
Amaral participou do maior ato político da história do país. No domingo 13, ele
pegou uma moto Harley-Davidson, emprestada do irmão, e rumou para a Avenida
Paulista, onde protestou contra a corrupção e o governo do qual já foi líder. Delcídio
se juntou à multidão sem tirar o capacete. Temia ser reconhecido e hostilizado.
Com medo de ser obrigado pela polícia a remover o disfarce, ficou pouco tempo
entre os manifestantes, o suficiente para perceber que tomara a decisão correta
ao colaborar para as investigações. “Errei,
mas não roubei nem sou corrupto. Posso não ser santo, mas não sou bandido”,
disse.
Na semana passada,
Delcídio conversou com VEJA por mais de três horas. Emocionou-se ao falar da
família e ao revisitar as agruras dos três meses de prisão. Licenciado do
mandato por questões médicas, destacou o papel de comando de Lula no petrolão,
o de Dilma como herdeira e beneficiária do esquema e a trama do governo para
tentar obstruir as investigações da Lava-Jato. O ex-líder do governo quer acertar
suas contas com a sociedade ajudando as autoridades a unir os poucos e
decisivos pontos que ainda faltam para expor todo o enredo do mais audacioso
caso de corrupção da história. A seguir, suas principais revelações.
0 comentários:
Postar um comentário