O juiz federal Sérgio
Moro decidiu ontem (22) que vai continuar na condução dos processos que envolvem
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O juiz negou pedido da defesa de
Lula para se declarar impedido para julgar as causas. Na mesma decisão, Moro
disse que a opinião pública tem papel importante para prevenir “interferências
indevidas” em processos que envolvem acusados poderosos.
Na petição, os
advogados de Lula alegaram que Moro não poderia julgar o caso por ter escrito
um artigo acadêmico em 2004, no qual se manifestou a favor da importância da
opinião pública nas investigações contra políticos. Além disso, a defesa
afirmou que o juiz participou de eventos políticos e que teria declarado, em um
jantar com advogados do Paraná, que Lula “seria condenado até o fim do corrente
ano”.
Na decisão, Moro negou
que tenha comparecido a eventos políticos e afirmou que “falta seriedade” aos
advogados para justificar o pedido de suspeição da causa. Sobre a questão da
opinião pública, o juiz informou que o fato é uma mera constatação, que não
gera causa de suspeição.
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