Quando começou seu
terceiro Governo Municipal, em 2001, a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP)
promoveu um acanhado mas importante “choque de gestão”. Entre as medidas,
demitiu 968 servidores que estariam em situação irregular.
Para o próximo governo,
o quarto à frente da Prefeitura de Mossoró, ela só tem uma perspectiva mínima
de êxito a médio e longo prazos: realizar um choque de gestão de verdade.
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"É a Rosa" não tem efeito prático na gestão |
Por isso, ninguém
espere novidades doces e róseas para começo de administração. Serão amargas.
Muito amargas. Demissões (existe cerca de 880 servidores em situação legalmente
instável há vários anos), moratória, revisão de contratos, poda em programas de
Saúde e Segurança, diminuição de cargos comissionados (hoje são mais de 700, um
absurdo!) etc.
Seu capital eleitoral
obtido ou reafirmado nas urnas no último dia 2, estará muito mais ameaçado de
ser corroído, se teimar em enfrentar a realidade com medidas populistas,
decisões água-com-açúcar e postergando medidas antipáticas.
A fórmula foi usada
pelo prefeito Francisco José Júnior e o resultado não precisa ser detalhado.
Os bordões festivos de
campanha e pós-campanha, do tipo “É a Rosa!”, não funcionam na hora de
governar. Antes, pareciam ser resposta para tudo e a todos nas ruas e nas redes
sociais, como uma varinha mágica. Na gestão, não.
No período em que foi
prefeita de Mossoró, a enfermeira Fafá Rosado (PMDB) tinha uma equipe treinada
para saudá-la em eventos públicos e qualquer outro espaço de aglomeração
humana. Em coro e altos decibéis, disparava:
- Linda! Maravilhosa!
Arrasooou!
Outro ‘chilique’
organizado por sua assessoria, às suas aparições, parecia caso típico de
servidão amestrada: “Fafá, minha prefeita é você! Uh-huuu!”
Em relação à Fafá,
nenhum dos membros dessa fanfarra picaresca a segue mais. Compreensível. Ela
perdeu cargo, importância e não tem votos.
Torçamos que Rosalba
nos poupe de algo equivalente, para não se transformar numa versão de Fafá ou
mesmo de Francisco José Júnior e Mossoró submergir mais ainda na crise.
Chega de babaquice
circense.
A Prefeitura de Mossoró
vai exigir eficiência, atitude proativa, meritocracia, menos empreguismo, freio
no nepotismo e basta na rapinagem.
Se tudo der certo, aí
então ficará compreensível o grito de guerra de seus seguidores, em rasgo de
populismo: “É a Rosa!!”
Do Carlos Santos
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