Em seu primeiro teste
de força após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o
presidente Michel Temer, o governo conseguiu nesta quarta-feira aprovar a
reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O
placar foi de 16 votos favoráveis, 9 contrários e uma abstenção. O Palácio do
Planalto, contudo, teve que se mobilizar em uma força tarefa durante todo o dia
para evitar perder votos e garantir o resultado.
No meio da tarde, o
líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou uma carta de Temer se
comprometendo a realizar, por veto ou medida provisória, as mudanças que o
Senado acordar necessárias. E leu ainda um documento listando os pontos que
deverão ser mudados no projeto.
O governo teve que
ceder a novos ajustes pedidos pelos senadores no texto. Inicialmente, os
pedidos de mudança somavam seis, todos listados no parecer do relator de mérito
da proposta, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Isso foi ampliado. Entre as
novidades estão, por exemplo, o veto ao trecho que estabelece que indenizações
por dano moral serão proporcionais ao salário do empregado. E o veto à
exigência de exclusividade a trabalhadores autônomos. Ambos são pontos que
foram repetitivamente criticados na proposta.
O Globo
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