Michel Temer surpreende
os interlocutores com atitude muito calma para a gravidade da crise. Ele tem
dito que sempre soube que não teria vida fácil, por haver assumido o cargo
rejeitado pelos petistas, que o acusavam de “golpe”, e os antipetistas, por ser
vice de Dilma. Apostou na articulação política com o Congresso para levar o
mandato até o fim, mesmo aos trancos e barrancos. Previa até manifestações na
porta todos os dias, que não se confirmaram. Só não previu Joesley Batista. A
informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Temer se vê vítima de
um criminoso, como chama o dono da JBS, que ofereceu o que o MPF mais queria: a
cabeça do presidente. Joesley era investigado por diversos crimes em cinco
operações da PF. Deu certo: numa tacada, livrou-se de todas com o acordo de
delação. O presidente continua apostando na política para seguir o projeto de
levar o governo até o fim. Aos trancos, barrancos e joesleys.
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