Muitas cabeças rolaram
para que fosse paga a conta dos votos que evitaram a decapitação de Michel
Temer, a abertura do processo que o afastaria do cargo. Desafetos perdem cargos
às dezenas. Vão-se anéis e dedos que em tese poderiam votar em alguma reforma
da Previdência, hoje quase uma memória desbotada.
No entanto, há gente no
Congresso e no governo que acha possível aprovar “alguma coisa” da mudança
previdenciária a partir de outubro. O que seria essa coisa pouca? Idade mínima
de aposentadoria e um tapa em servidores públicos.
O aumento do tempo de
contribuição para 25 anos e todo o resto relevante iriam para o vinagre. Se
sobrarem 40% da poupança estimada originalmente pela reforma do governo, será
um milagre.
A prioridade, porém, é
aprovar o pacote de agosto, as medidas desesperadas para evitar um buraco ainda
maior nas contas do governo, e o pacotão privatizador, que pretende tapar o
buraco na imagem do governo que se jactava do ajuste fiscal, que não veio, e da
reforma essencial, a previdenciária, que vai indo.
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