A deputada Márcia Maia
(PSDB) externou nesta segunda-feira (23) a sua preocupação com o número de
homicídios no Rio Grande do Norte, que atingiu a marca de 2 mil assassinatos em
2017. A parlamentar fez um alerta sobre o risco do Estado terminar o ano
registrando um crescimento de quase 25% em relação ao índice de 2016 e voltou a
cobrar a elaboração de políticas públicas de combate à violência.
"É
preocupante que o Governo tenha anunciado em abril um plano estadual de
segurança e, em nove meses, não tenhamos visto qualquer resultado real. As
pessoas estão morrendo e a sociedade não tem visto o problema ser tratado como
merece, um prioridade, uma questão de vida ou morte",
afirma Márcia.
De acordo com a
deputada, o RN pode alcançar a marca de 2,5 mil homicídios ao final de 2017,
caso continue registrando a média de sete assassinatos ao dia. Natal, com mais
de 520 assassinatos, é a cidade potiguar mais violenta do Estado.
Para a parlamentar, é
imprescindível que ações consistentes comecem a tomar forma, inclusive no
combate às drogas. Ela explica a importância de fomentar programas que combatam
fatores promotores da violência, compreendam as especificidades de cada região
e promovam uma cultura de paz.
"Para combater a violência, é preciso
compreender as estruturas sociais, políticas e econômicas que sustentam os
altos níveis de violência, como o tráfico de drogas. Passa por entender os
fatores de risco que levam os jovens a se envolverem na criminalidade e
realizar uma política que envolva família e comunidade. Isso é prevenção. A
máxima de que um estudante é mais barato que um presidiário é, sem dúvida, uma
realidade", argumenta a parlamentar.
A atenção às áreas onde
as manchas criminais são mais altas e que detêm grupos populacionais em
situação de risco com programas direcionados para as questões indutoras da
violência também é, segundo Márcia, uma fundamento importante para combater
esse rápido crescimento no RN.
"É
preciso zelar pelo futuro, contudo, precisamos de ações que também contemplem o
momento e, por isso, é importante que as políticas repressivas tenham
investimento adequado e, desta forma, defendemos a alocação de recursos do
empréstimo do Governo do Estado a Caixa Econômica, autorizado pela Assembleia
Legislativa, para garantir investimento nesses setores fundamentais de combate
à violência", sugere Márcia.
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