Uma planilha apreendida
na sede da empresa JBS, em São Paulo, registra a existência de uma
conta-corrente aberta especialmente para abastecer políticos e partidos. Um
total de 64 nomes aparece nas movimentações financeiras detalhadas no
documento, entre elas o nome Temer, supostamente referindo-se ao presidente
Michel Temer (PMDB).
Chama a atenção o nível
de detalhamento da planilha, encontrada pela Polícia Federal dentro de uma
pasta no gabinete de Wesley Batista – um dos proprietários da empresa – no dia
11 de maio de 2017. A apreensão foi feita no âmbito da Operação Maquinários,
coordenada pela Superintendência Regional da Polícia Federal de Mato Grosso do
Sul. ÉPOCA teve acesso à íntegra do documento sigiloso.
Um dos 64 nomes da
planilha está indicado como “Temer”, supostamente o presidente Michel Temer
(PMDB), que no dia 2 de setembro de 2014 recebeu o “crédito” de R$ 1 milhão,
segundo as anotações. Parte dessas transações – descritas ao longo de nove
meses – já tinha vindo à tona, por meio de delações premiadas de executivos da
JBS, e outra parte permanecia oculta até então.
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