Polícia Federal
deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a Operação Lavat, destinada a
desarticular uma organização criminosa investigada na Operação Manus – que
prendeu em junho deste ano o ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Eduardo
Alves (PMDB). Ele está preso em Natal desde então. Na ocasião, o ex-deputado
Eduardo Cunha também foi alvo de mandado de prisão preventiva.
Cerca de 110 policiais
federais cumprem 27 mandados judiciais, sendo 22 mandados de busca e apreensão,
3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva em Natal, Parnamirim, Nísia
Floresta, São José de Mipibu e Angicos, todas cidades potiguares. Em
Brasília/DF, estão sendo feitas buscas no Ministério do Turismo.
Os mandados de prisão
temporária foram expedidos contra Aluísio Henrique Dutra de Almeida, José
Geraldo Moura Conseca Júnior e Norton Domingues Masera. Já os de condução
coercitiva (quando o investigado é levado até a delegacia para prestar
depoimento), contra Domiciniano Fernandes da Silva e Fernando Leitão de Moraes
Júnior.
O G1 tentou falar com a
defesa dos citados, mas não conseguiu contato.
Um dos mandados de
busca e apreensão foi cumprido na sede da Inter TV Cabugi, em Natal, mas a
emissora não é alvo da operação. As buscas foram feitas na sala de Herman
Ledebour, assessor de Henrique Alves. Em nota, a direção da TV informou que
Herman é procurador e representante de Henrique, que é sócio minoritário da
emissora. “A direção reforça que a empresa sempre atuou de forma isenta em
relação às investigações, noticiando o passo a passo dos processos contra
Henrique e outros investigados pela Polícia Federal e Ministério Público. E
embora não seja alvo do processo está à disposição pra qualquer esclarecimento”.
Leia a íntegra da nota:
“A direção da Inter TV
Cabugi informou que Herman Ledebour é procurador e representante de Henrique
Alves, sócio minoritário. A direção reforça que a empresa sempre atuou de forma
isenta em relação às investigações, noticiando o passo a passo dos processos
contra Henrique e outros investigados pela Polícia Federal e Ministério
Público. E embora não seja alvo do processo está à disposição para qualquer
esclarecimento”.
Manus
Durante a análise do
material apreendido da Operação Manus, deflagrada em junho deste ano, foram
identificadas fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes
a organização criminosa, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro
e ocultação de valores para o chefe do grupo. Foi identificado também esquema
criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do Estado visando
obter contratos públicos, que somados alcançam cerca de 5,5 milhões de reais,
para alimentar a campanha ao governo do estado de 2014.
O nome da operação
ainda é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus
Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.
Arena das Dunas
Batizada de Manus, a
operação deflagrada em junho investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de
dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Segundo a PF, o sobrepreço
chega a R$ 77 milhões.
Fonte: G 1
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