A Comissão de
Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado realizou nesta quinta-feira
(14), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, em Natal, mais uma
etapa das audiências públicas que estão percorrendo o Brasil no intuito de
debater o reconhecimento do Forró de Raiz como Patrimônio Imaterial Cultural
Nacional. A CDR já discutiu o assunto em João Pessoa (PB), no Rio de Janeiro e
em Brasília. O município de Parnamirim, também no RN, será o próximo a
mobilizar os forrozeiros da região, mas ainda estão previstas audiências na
Bahia e no Ceará.
“É importante preservarmos a cultura brasileira no ponto de vista da
memória para as gerações presentes e futuras. O forró pé de raiz não é uma
expressão cultural popular qualquer, mas uma das expressões mais genuínas e
identitárias do povo nordestino”, disse a senadora Fátima Bezerra,
presidente da CDR, so iniciar os trabalhos. Ela lembrou que a iniciativa
atendeu a uma reivindicação do movimento Fórum Forró Pé de Raiz, que chegou à
CDR no ano passado através de sua presidente, a professora Joana Alves, que
falou da preocupação dos artistas com a falta de reconhecimento e valorização
da cultura do forró.
Joana parabenizou a
senadora por ter “abraçado o movimento”. Ela rememorou o histórico da luta e de
mobilização do Fórum pela inclusão do forró como Patrimônio Imaterial da
Cultura Brasileira. Ao explicar as condições de atendimento do pleito, o
coordenador de projetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional – IPHAN, Deyvesson Israel Alves, ressaltou que, para isso, o órgão
precisa de recursos financeiros para fazer estudos e análises. “Infelizmente
não dispomos desses valores”.
Deyvesson Israel
acrescentou que, além do reconhecimento popular, é fundamental que sejam
identificadas as matrizes tradicionais do forró para que se possa creditar o
registro. O estudo custa aproximadamente R$1,3 milhão. Neste momento, a
senadora Fátima Bezerra lembrou que junto com o deputado federal Luiz Couto, da
Paraíba, conseguiu destinar, cada um, emendas no valor de R$ 100 mil, para que
a pesquisa possa ser iniciada neste ano. “Começaremos em 2018”, garantiu
Deyvesson.
Também estiveram
presentes a deputada federal Zenaide Maia (RN); Fernando Mineiro, deputado
estadual (PT/RN); Severino Vicente, presidente da.
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