Com um déficit de quase
R$ 2 bilhões nas contas do poder estadual, o vice-governador do RN, Fábio
Dantas previu nesta segunda-feira,5, em entrevista ao programa Bom Dia Cidade,
da 94 FM, dias difíceis para a gestão da governadora eleita, Fátima Bezerra.
Afirmou que, ao
contrário do início do governo Robinson, em 2015, quando contava com o oxigênio
financeiro dos recursos da Previdência dos servidores, da repatriação de ativos
depositados ilegalmente por brasileiros no exterior e da compensação previdenciária,
“Fátima não terá nada disso e, portanto, seu namoro com os eleitores será
curto”.
O vice governador, do
PSB, acrescentou que a futura governadora, além disso, terá que ser rápida ao
negociar com que chamou de “matrizes salariais” representadas pelos poderes do
Estado que, apesar de estarem com os seus reajustes congelados, ainda
representam o maior peso dentro dos gastos públicos.
“Apesar de a Paraíba ter 118 mil servidores públicos contra 0s 103 mil
do RN (15 mil a mais, portanto), o estado vizinho gasta R$ 1,5 bilhão a menos
por ano do que nós”, lembrou.
Ao se referir ao
resultados das últimas eleições, Fábio Dantas prestou uma homenagem ao deputado
Rogério Marinho, do PSDB, candidato derrotado à reeleição e cujos votos
migraram para o General Girão, candidato do PSL eleito como 82 mil votos. Nessa
migração de eleitores, o senador José Agripino, que disputava uma vaga na
Câmara, também ficou de fora.
Sobre Rogério Marinho,
Fábio Dantas afirmou:
“Ele não foi um deputado importante só para o Rio Grande do Norte, mas
para o Brasil e os próximos anos irão mostrar isso”.
Sobre a eleição de Jair
Bolsonaro à Presidência, Fábio Dantas disse que ele precisará dialogar com a
sociedade e o Congresso se quiser alcançar seus objetivos.
Por fim, lamentou as oportunidades
perdidas pelos País, como a Copa do Mundo.
“O Brasil investiu, mas
não colheu os frutos”, lamentou.
AgoraRN
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