O presidente Jair
Bolsonaro quer iniciar 2020 com um mapa definido da reestruturação no primeiro
escalão de seu governo para ser anunciado até fevereiro.
Em seus planos estão
três nomes que devem ser trocados: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham
Weintraub (Educação) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Onyx passa por um longo
processo de desgaste desde o início do governo. Perdeu funções relevantes, como
a articulação política, transferida para Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de
Governo), e a coordenação jurídica da Presidência, hoje subordinada à
Secretaria-Geral, sob o comando do ministro Jorge Oliveira.
Pesa contra ele também
o fato de Bolsonaro estar insatisfeito com o apoio frágil do DEM à pauta
governista no Congresso. Onyx é um dos três ministros da legenda, junto com
Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). O DEM tem hoje
o comando da pauta legislativa, já que são filiados ao partido os presidentes
da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP).
De acordo com
interlocutores do presidente, as mudanças na equipe devem ter início no final
de janeiro, antes da retomada das atividades do Congresso, em fevereiro.
Bolsonaro não pretende fazer uma reforma ampla.
Um aliado disse à
reportagem que as trocas devem ser graduais.
Onyx ainda não tem
destino certo. Uma possibilidade é voltar à Câmara, para a qual foi reeleito
deputado. Outro cenário é que o ministro assuma uma assessoria especial.
A mudança na Casa Civil
impacta diretamente uma pasta estratégica para Bolsonaro, o Ministério da
Educação, hoje comandado por Abraham Weintraub.
Folha de SP
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