A chanceler da
Alemanha, Angela Merkel, afirmou na manhã desta quarta-feira que 70% da
população do país europeu, cerca de 60 milhões de pessoas, podem se infectar
com o novo coronavírus. Por isso, o país investirá para conter a disseminação
do Sars-CoV-2.
O motivo, segundo a
chefe de governo alemã, é a ausência de uma cura para a Covid-19 e a falta de
imunização da população em relação ao vírus inédito.
— Quando o vírus está
se espalhando com a população sem imunidade e sem um tratamento existente, 60%
a 70% da população será infectada — disse Merkel, durante uma coletiva de
imprensa. — O processo (de contenção) deve se concentrar em evitar a sobrecarga
do sistema de saúde freando a disseminação do vírus. É questão de ganhar tempo.
A fala pública de
Merkel ocorre logo após duras críticas do jornal alemão Bild, que classificou a
condução da crise pela chanceler como caótica. “Sem aparições, sem discursos, nenhuma
liderança nesta epidemia”, escreveu o periódico.
O ministro da Saúde da
Alemanha, Jens Spahn, tem liderado a frente de respostas ao coronavírus. Spahn
tem se mostrado contra a proibição da entrada de italianos no país, a exemplo
da vizinha Áustria, opinião compartilhada por Merkel.
O ministro disse, no
entanto, que as medidas extraordinárias tomadas pelo governo italiano são
compreensíveis dada a “situação especial” no país europeu, que se tornou a
segunda nação mais afetada pelo coronavírus, atrás apenas da China. O instituto
alemão Robert Koch previu, ainda, que a Covid-19 voltará a se alastrar pelo
país asiático.
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