O empresário Flávio
Rocha (Riachuelo), que passou o último ano defendendo uma reforma tributária
capaz de desonerar a folha de pagamento com base no resgate de um tributo sobre
movimentação financeira, viu seu sonho murchar diante do coronavírus, mas não
desistiu do objetivo.
Afeito a analogias, ele
diz que “não adianta jogar dinheiro de helicóptero, se continuar com o
aspirador de dinheiro ligado, ou seja, a arrecadação de impostos,
principalmente os incidentes sobre a folha”.
Rocha, que pouco se
manifestou nos últimos dias no debate sobre a eficácia do confinamento para
frear o coronavírus, avalia que é tudo um “falso dilema”.
Para ele, alguns de
seus colegas empresários que recentemente atacaram a quarentena acabaram sendo
mal interpretados.
“Ou são vidas ou é a
economia. Não se trata disso. O bem maior é a vida. Não são só vidas do
coronavírus. São vidas que serão perdidas com desemprego, desalento, violência,
que serão mais numerosas”, afirma ele.
Rocha faz comparações
entre as mortes provocadas por H1N1 ou por acidentes de carro com aquelas que o
novo coronavírus vem causando.
“Poderíamos ter evitado
mortes proibindo o automóvel, com um impacto muito menor do que desligar toda a
economia: bastaria desligar os veículos. Pouparia 10 mil vezes mais vidas do
que o coronavírus”, diz ele.
Na semana passada, a
Riachuelo suspendeu as atividades de lojas e fábricas da marca.
Há maneiras de não
parar a economia sem colocar a população em risco. A recessão resultante de se
tirar a economia da tomada vai gerar muito mais mortes.
FOLHA
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