O ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a imediata destinação de
R$ de 1,6 bilhão ao Ministério da Saúde para custeio de ações de combate ao
coronavírus (Covid-19). O ministro homologou proposta de ajuste apresentada
pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 568, em que foi firmado, em 2019, acordo sobre
destinação de valores oriundos da Operação Lava-Jato.
O acordo firmado entre
a PGR, o presidente da Câmara dos Deputados e a União, com a contribuição do
presidente do Senado Federal e do procurador-geral da Fazenda Nacional,
destinava R$ 1,6 bilhão à educação e R$ 1 bilhão para a proteção ao meio
ambiente. O valor agora repassado à pasta da Saúde foi deslocado de ações e
projetos ainda não executados na área de Educação, com a anuência das
autoridades envolvidas, diante da situação excepcional de calamidade pública
decorrente da pandemia.
O ministro considerou
informações apresentadas nos autos, no sentido de que a realocação solicitada
não acarreta descontinuidade de ações ou programas de governo e busca atender a
uma necessidade premente “que ameaça a vida e a integridade física dos
brasileiros”.
“A gravidade da emergência causada pela pandemia do Covid-19 exige das
autoridades brasileiras, em todos os níveis de governo, a efetivação concreta
da proteção à saúde pública, com a adoção de todas as medidas possíveis para o
apoio e manutenção das atividades do Sistema Único de Saúde”, afirmou o
ministro.
Na decisão, o ministro
Alexandre de Moraes ressalta que a Constituição Federal, em diversos
dispositivos, prevê princípios e regras de competência no tocante à proteção da
saúde pública. “O direito à vida e a
saúde aparecem como consequência imediata da consagração da dignidade da pessoa
humana como fundamento da República Federativa do Brasil”, conclui.
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