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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Credibilidade sob questionamento: OMS tem sido criticada pelo mundo além de Bolsonaro e Trump

A Organização Mundial de Saúde(OMS) não está restrita às críticas dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump pelo mundo. Desde o início do surgimento da Covid-19, ela é acusada de ter se alinhado a China, de ter elogiado as medidas das autoridades de Pequim contra a doença e de ter demorado a dar o alerta mundial sobre o perigo do novo coronavírus.

Um tuíte de Donald Trump em abril, que acusa a OMS de ter “se enganado completamente”, tem sido cada vez mais discutido, principalmente, com os últimos episódios de entidade ter voltado a estudar a cloroquina, quando, anteriormente, em cima de estudo da Lancet, condenou o medicamento. Dias depois, mais uma gafe: a chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, disse que assintomáticos raramente transmitem o vírus, o que foi capitalizado pelo presidente Jair Bolsonaro, crítico das medidas de isolamento social.

Na última terça (9), no entanto, a mesma Kerkhove explicou que sua declaração se baseava em dados ainda não publicados e que é preciso levar em consideração os pré-sintomáticos, o que torna necessárias as medidas de prevenção contra a pandemia.

Além disso, o diretor do programa de emergências da organização, Michael Ryan, garantiu estar “absolutamente convencido de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo”. “A questão é saber quanto”, explicou.


O representante italiano na Organização Mundial da Saúde (OMS), Walter Ricciardi, criticou a entidade por causa da polêmica relativa à transmissibilidade do novo coronavírus a partir de assintomáticos.

Segundo Ricciardi, que também é conselheiro do ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, a organização deu uma “resposta imprecisa e equivocada” ao dizer que pacientes sem sintomas raramente transmitem o Sars-CoV-2.

As críticas também são bastante contundentes no Reino Unido, França, Espanha e Austrália.

Com UOL, Ansa, Isto É

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