A Organização Mundial
de Saúde(OMS) não está restrita às críticas dos presidentes Jair Bolsonaro e
Donald Trump pelo mundo. Desde o início do surgimento da Covid-19, ela é
acusada de ter se alinhado a China, de ter elogiado as medidas das autoridades
de Pequim contra a doença e de ter demorado a dar o alerta mundial sobre o
perigo do novo coronavírus.
Um tuíte de Donald
Trump em abril, que acusa a OMS de ter “se enganado completamente”, tem sido
cada vez mais discutido, principalmente, com os últimos episódios de entidade
ter voltado a estudar a cloroquina, quando, anteriormente, em cima de estudo da
Lancet, condenou o medicamento. Dias depois, mais uma gafe: a chefe do programa
de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, disse que assintomáticos raramente transmitem
o vírus, o que foi capitalizado pelo presidente Jair Bolsonaro, crítico das
medidas de isolamento social.
Na última terça (9), no
entanto, a mesma Kerkhove explicou que sua declaração se baseava em dados ainda
não publicados e que é preciso levar em consideração os pré-sintomáticos, o que
torna necessárias as medidas de prevenção contra a pandemia.
Além disso, o diretor
do programa de emergências da organização, Michael Ryan, garantiu estar
“absolutamente convencido de que a transmissão por casos assintomáticos está
ocorrendo”. “A questão é saber quanto”, explicou.
O representante
italiano na Organização Mundial da Saúde (OMS), Walter Ricciardi, criticou a
entidade por causa da polêmica relativa à transmissibilidade do novo
coronavírus a partir de assintomáticos.
Segundo Ricciardi, que
também é conselheiro do ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, a
organização deu uma “resposta imprecisa e equivocada” ao dizer que pacientes
sem sintomas raramente transmitem o Sars-CoV-2.
As críticas também são
bastante contundentes no Reino Unido, França, Espanha e Austrália.
Com UOL, Ansa, Isto É
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