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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Pandemia ainda é grave no Brasil, apesar de sinais de estabilização, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, nesta quarta-feira (17), que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil ainda é grave, apesar de haver sinais de estabilização.

“A epidemia ainda é bastante grave no Brasil. Os profissionais de saúde, como dissemos antes, estão trabalhando extremamente e sob pressão para lidar com o número de casos que assistem diariamente”, disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS.

Mas certamente o aumento não é tão exponencial como era anteriormente. Existem alguns sinais de que a situação está se estabilizando”, afirmou o diretor de emergências.

O Brasil registrou os números mais altos de mortes diárias em 11 dos primeiros 16 dias de junho, segundo dados reporrtados à OMS. A quantidade diária, entretanto, está em queda desde o dia 12 (veja gráfico).

Alerta para ressurgimento

O diretor de emergências alertou que o número de casos pode voltar a crescer no Brasil:
Mas já vimos isso antes em epidemias em outros países. Você pode ver um sinal de estabilização em um dia ou dois e depois pode decolar novamente. Então, o que eu diria é que é um momento de extrema cautela no Brasil”, disse Ryan.

Acho que, na perspectiva do Brasil, é realmente um momento para focar em saúde pública e medidas sociais, em apoiar comunidades que acham as medidas difíceis de sustentar e também têm um impacto maior em termos de saúde, para garantir que o sistema hospitalar continue funcionando”, avaliou Ryan.

Na terça-feira (16), o diretor-assistente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, lembrou que populações pobres precisam de garantias sociais para conseguir cumprir as medidas de distanciamento.

Se não há ações de proteção social, medidas econômicas capazes de proporcionar que as populações pobres da América Latina possam aderir às políticas de distanciamento social, fica muito difícil. São pessoas que têm que sair quase todos os dias para comprar comida porque não têm geladeira em casa, que têm emprego informal, que não têm nenhum tipo de proteção”, ponderou Barbosa.

Com G1

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